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Hora Certa

O escrever...



Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.
(Carlos Drummond de Andrade)

Escrever a própria essência, é contá-la toda, o bem e o mal. Tal faço eu, à medida que me vai lembrando e convindo à construção ou reconstrução de mim mesmo.
(Machado de Assis)


Escrevo para aliviar a vontade de falar, por mais que ninguém leia, ou entenda, eu sinto prazer escrevendo.

(Thailza G.)

O bom escritor dificilmente terá maus leitores, assim como o verdadeiro poeta somente é percebido (há exceções) após sua morte.
(Caibar G. Rodrigues)

O ler...

A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.

(Carlos Drummond de Andrade)

Dupla delícia! O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.

(Mário Quintana)

Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo.

(Fernando Pessoa)

Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça
na imaginação!

(Clarice Pacheco)

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segunda-feira, 23 de julho de 2012

CRÔNICA 3

JACKSON PARAGUAIO

"A Polícia Federal marcava em cima. Entre revistas aqui e revistas ali, não escapava ninguém daquela barreira montada às pressas, no Paraguai. Muitos dos  brasileiros que por lá estavam se revoltaram com a perda dos objetos que compraram (objetos acima da cota). Assim falavam:
- Com estas perdas, com os gastos em hotéis, com gorjetas,  as 'laranjas' e até mesmo com a própria excursão, comprar no Brasil sairia bem mais em conta. Maldita foi a hora que vim fazer minhas compras aqui, se estivesse feito no Brasil sobraria até uns trocados para um chope!
Após perder sessenta por cento do que comprei tive uma brilhante idéia vinda dos livros de crônicas do fabuloso Carlos Drummond de Andrade. Rodando por horas encontrei uma funerária. O papo com o gordinho que só falava em espanhol ficou complicado, mas depois de horas e horas chegamos a um acordo. Acordo também que tive que tratar com alguns motoristas e com cada um brasileiro que estava afim de não ter que passar pela barreira. Então fui passando a cada brasileiro o plano que tinha em mente, alguns concordaram na hora, outros já haviam perdido muitas coisas e não queriam perder mais nada. Cobrei uns trocados dos que aceitaram, pois tinha que pagar o gordinho e os motoristas. Na hora marcada, todos se encontravam no lugar combinado, uns compraram mais objetos e foram colocando porta mala adentro, outros, assim como eu, colocaram vários objetos dentro do caixão. Onde já se viu caixão sem defuntos? E assim o funeral parte, o carro da funerária à frente e os demais motoristas atrás. Saímos em direção à ponte da amizade. Todos de óculos escuros, caras tristes, cabisbaixos. Chegando perto da barreira, o coração dispara, o medo tomou conta de mim e pensei, atemorizado: 'Se eles param, dá zebra! Irei me jogar da ponte, porque não tenho mais grana para bancar nada, se perdermos tudo.'
Ao verem o cortejo vindo, um guarda apita, pedindo passagem para os demais veículos. Não sei se chorava ou se ria, mas tentei manter aquele semblante de tristeza. Ao passar todo o cortejo fomos rumo à parada de ônibus, e muitos que ali estavam não entendiam a cena visada por eles. Era uma correria, pegando o que estava dentro do caixão, alguns observavam na cara dura, outros discretamente, e assim foi, até que uma garotinha, de aproximadamente doze anos, chega e me pergunta se eu estava roubando um defunto. Olhei com pena para aquela pequena menina e lhe disse:
- Sim, estou sim! Consegui o caixão de Michael Jackson e estou roubando seus pertences que vale milhões.
Afinal, em qualquer parte do planeta, existe um Michael Jackson Paraguaio da Silva."

http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/1768846

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